sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Mais um passeio de ônibus, Casamarela – Nova Torre. 6:30 p.m. 15/09/2009

Subo os degraus do ônibus, indo contra a lei da gravidade. Entrego meu cartão VEM, que é identificado através de ondas eletromagnéticas pelo sistema, ao cobrador, este usa grossas lentes em seus óculos, serão divergentes se for astigmatismo, ou convergentes se for miopia (?). Pronto, estabeleci um contato secundário, característico das sociedades, não das comunidades. Passo pela catraca, que suponho mover-se através de uma mola com força elástica determinada por Kx. A inércia age sobre mim e abro minhas pernas para aumentar meu campo de estabilidade, evitando assim, uma queda em meio às pessoas ali presentes, o que me levaria ao estado do ridículo podendo ocasionar traumas irremediáveis no futuro, podendo ser amenizados por um psicólogo. As moléculas de H2O se condensam e se precipitam. Não é uma chuva convectiva, mas sim frontal, ocasionada pelo choque entre uma massa de ar quente com uma massa de ar fria. As luzes acendem-se, estão ligadas com resistores em paralelo. A moça à frente agasalha-se, assim suas moléculas se agitarão aumentando a sua temperatura corporal interna, se essa temperatura aumentar além do normal as proteínas podem desnaturar-se levando o indivíduo à morte. Passo em frente a uma praça projetada por Burle Marx, conceituado paisagista. Noto que o transporte público (que de público não tem nada, pois temos que pagar) possui um sistema de ar refrigerado,este responsável pela sucção do ar e de seu respectivo resfriamento, não está funcionando. Puxo a cordinha que imediatamente produz um sinal sonoro que são ondas bidimensionais. Vou descer.
O vestibular está próximo.

2 comentários:

Jefferson Góes disse...

Muito bom, Úrsula. Adorei. Beijão

Ursula Neumann disse...

hehe, brigada, Jeff :)