quarta-feira, 26 de março de 2008

"Mais respeito à minha TPM, porra!"
Coisa que dificilmente admitimos é que a beleza alheia muitas vezes incomoda.

Conversinha (alheia) 2

Em um certo banheeeiro:
- Menina, odeio fazer xixi menstruada.
- Realmente, é muito chato.

Conversinha

" - Menina, já visse que boca sexy a dele?
- É, mas tu já reparou no cabelo? Credo!
- Ah, mas você viu as mãos? TU VIU AS MÃOS?
- Ah, elas fariam um estraaago...
- Um belo de um estrago, amiga."

segunda-feira, 24 de março de 2008

Todos os meus instantes perdidos.

"Não pude dormir; estirei-me na cama, é certo, mas foi o mesmo que nada. Ouvi as horas todas da noite. Usualmente, quando eu perdia o sono, o bater da pêndula fazia-me muito mal; esse tique-taque soturno, vagaroso e seco parecia dizer a cada golpe que eu ia ter um instante menos de vida. Imaginava então um velho diabo, sentado entre dois sacos, o da vida e o da morte, a tirar as moedas da vida para dá-las à morte, e a contá-las assim:
- Outra de menos...
- Outra de menos...
- Outra de menos...
- Outra de menos...
O mais singular é que, se o relógio parava, eu dava-lhe corda, para que ele não deixasse de bater nunca, e eu pudesse contar todos os meus instantes perdidos."

(Memórias Póstumas de Brás Cubas - Machado D'Assis)

segunda-feira, 17 de março de 2008

Física.

Eu sempre tive um certa admiração pela física, apesar de ser uma completa leiga, física era a matéria de exatas que me interessava mais, mas hoje eu mandei a física pra merda.
Prestei atenção nas aulas, perdi todo o meu fim de semana estudando, e quando recebi a prova foi tudo por águabaixo. Um cú. Tentei resolver umas questões lá, passou uma hora quase de prova, e daí ele veio. Sim, o desespero tomou conta de mim. Me controlei pra não rasgar aquele infeliz pedaço de papel e jogá-lo no lixo, ah! me controlei MUITO. Era fora do normal a raiva que se abatia sobre mim, quem foi o FILHO-DA-PUTA QUE ESTABELECEU FÍSICA COMO DICIPLINA ESCOLAR?
e o pior, o professor ainda me pegou filando.

quarta-feira, 12 de março de 2008

No cursinho

Estava escutando Beatles quando vejo uma cena inédita. Um jovem passou na minha frente na tentativa de alcançar certa cadeira. Até aí tudo bem. Aparentava ter uns 17, 18 ou até quem sabe 19 anos. Cabelo ligeiramente comprido, castanho escuro, muito liso. Tonalidade da pele escura. Camisa marrom. Daí eu chego na calça: jeans, arriada, deixando a mostra uma repugnante samba-canção preta de seda com desenhinhos infantis coloridos.
Eu realmente não precisava ver isso.

Breve reflexão.

Tem aqueles dias, que sabe, a gente tem que parar pra pensar.
Bom, e num desses dias eu estava pensando no quanto as pessoas são pressionadas pela sociedade e vejo que eu sou uma grande vítima disso. É um absurdo como controlam as nossas mentes, mexem com o nosso pscicológico e transtornam a nossa vida.
São incríveis as manobras que o ser humano faz para ser incluso na sociedade, até para nós mesmo nos aceitarmos.
Bom, decerto, isso é infeliz.
Eu mesma me encontro num paradoxo sem fim que já me dura alguns anos. Entro em uma guerra com os meus próprios ideais e os ideias da sociedade em que vivo.
Acabo dessa forma me relacionando com uma folha de papel.

segunda-feira, 10 de março de 2008

"A burguesia fede." (Cazuza)

terça-feira, 4 de março de 2008

Sem nexo

Cria-se sempre uma expectativa. Um nó nos eixos. Uma malandragem romântica. Foi andando e encontrou uma motocicleta. Navegou-a e chegou lá. Lá nas estrelas calóricas. Foi e voltou rápido. A caminhada foi lenta, entretanto, chegou rápido. No caminho um peixe caolho a perseguia. Começou a se perguntar se ele era sincero, provavelmente tinha um nó nos ventres e um dente na bexiga. Encontrou ainda o capacete. Usou claro, não queria pegar Aids, apesar de Cazuza usar aquela bonita faixa nos cachos, onde as uvas já eram bem maduras. Tão maduras que resolveram fazer uma plástica. Ficou tão mal feita que a fez de novo e de novo, até sumir. Então que chegou, voltou pra cá, onde o boto a esperava. Apanhou uma flor e mastigou a primeira pétala, nada mal, cheirava a feto abortado.

[delírios numa aula de cursinho - resultado de um esforço pra não pegar no sono]

segunda-feira, 3 de março de 2008

Seres terríveis das 24 horas

Moscas são seres insuportáveis! Ah! Voadoras do inferno!
Tão repugnantes, nojentas e irritantes. Bichos insistentes. Não, não lhe darei um pedaço do meu pão. Nem tente me chantagear, pare de ficar pousando em mim!
Seres terríveis das 24 horas!
Acasalem em outro canto que não seja bem na frente da minha fuça!
Porra! Porque vocês, seres demoníacos, não entram em extinção?

domingo, 2 de março de 2008

Aula de matemática.

A primeira aula de uma quarta-feira. As 7 da manhã. A luz apagada, retroprojetor ligado. Metade da classe prestando atenção (a parte da frente). Metade da classe dormindo. E eu escrevendo.
Ângulos, circunferências, triângulos, senos, cossenos, ypicilones, xizes, retas, tangentes, hipotenusas e etecéteras matemáticos. Canetas frenéticas, canetas inutilizadas.
O óbvio próximo ao inútil. A desgraça em forma de números.