terça-feira, 17 de novembro de 2009

Prontodesabafei.

Não consigo mais prestar atenção às aulas de português. A aula de história hoje foi foda. Eu realmente gosto de Florbela Espanca, mas depende do meu humor. O presente do subjuntivo deriva do eu? Como é isso? Ah, que saco. Isso é muito chato. Deu saudade do meu cachorro. Eu to morrendo de vontade de ir pra casa e jogar Spore. Ontem depois da colação me senti mais leve. Parece até que acabaram mesmo as aulas. Queria eu. Ainda vai ter a recuperação. Preciso pagar Gracinha. MA** precisa me pagar. Não gosto de emprestar minhas coisas a ninguém. Não é frescura, é cuidado. Falei que nem mãe agora. Ah, pra que eu venho pra aula de português? Talvez eu aprenda algo ouvindo as palavras inconscientemente. “Maquininha na mão” – era assim que me chamavam quando eu era a primeira a acabar a prova quando eu era criança. Que coisa estranha, crianças fazendo prova. Eu sempre entreguei as provas rápido. Desde pequena. Acho que sou impaciente. Impaciente não, ansiosa. Eu escrevo ao contrário. Tipo mangá. Na verdade é meio diferente. Eu escrevo de frente pra trás e de trás pra frente, até os dois lados encontrarem o meio. É estranho. Comi um casquinho de banana caramelada e tinha uma menina me encarando. Uma escrota ela. Eu nunca fui assaltada. Graças a Deus. O estranho é que eu ando muito a pé e o povo não. E o povo é assaltado. Que todos os santos me protejam, embora eu não seja católica. Em dezembro terei três fins de semana seguidos de vestibular. Será ótimo. Mas também depois é liberdade. Direto pra Maragogi. Preciso pegar o assunto da recuperação. Acho que vou passar pelo conselho. Eu odeio química, morte às exatas. Fernando – eu gosto desse nome. Sábado é a formatura. Não estou tão ansiosa como deveria. Sei lá, to com a sensação de que não vai ser essas coisas todas. É preciso reservar uma mesa no parraxaxá. Tem café da manhã lá aos domingos? Acho freiras seres muito curiosos. Elas são desumanas. Hoje tinha uma ao meu lado. Tive o impulso não concretizado de perguntar-lhe se era virgem. Não é possível abdicar de instintos naturais. Essa freiras são todas profanas. Aliás, a vaca estava com uma câmera profissional ontem. Como pode? Que Uó. Porque existem verbos irregulares? Essa aula tem duas horas e ainda não passou nem a primeira. Às vezes estou meio Bukowski, às vezes fico meio Florbela Espanca, e muitas vezes drummoniana. Nos meus momentos de revolta incorporo Mário de Andrade. Nossa, porque estou falando isso? Porque o errado é errado? E o certo é certo? Quem estabeleceu isso? Porque não perguntaram minha opinião? É tudo tão unilateral.

7 comentários:

Unknown disse...

gostei muito mesmo desse texto, com todas as idéias jogadas no papel antes que escapassem. fez bem em postar aqui.

Ursula Neumann disse...

hahaha, eu tava em dúvida se botava aqui. Achei pessoal demais.
Mas é, tá bem jogado. Tudo o que vinha à cabeça eu escrevia.

Rouge disse...

ficou alterna! parabéns

Ursula Neumann disse...

oxe :~

Rouge disse...

é bom po, ser alterna ta in, e tu tá super alterna flw! abrçs

Ursula Neumann disse...

dahoudhasuihdsa, que dani escrota.

Daniela Bouwman disse...

eu? Oo